quarta-feira, 13 de março de 2013

ESCREVA O FIM DESSA HISTÓRIA COMO VOCÊ GOSTARIA QUE FOSSE, INTERAJA USANDO A SUA IMAGINAÇÃO!!!



Era uma vez, uma menina linda de olhos pretos cabelos cacheados bem pretinha , esperta e inteligente que adorava brincar de pula- pula ,que se chamava Júlia Beatriz,  e um lindo menino de pele clara e olhos castanhos  de uma tamanha inteligência que adorava brincar de espada, que se  chamava Luiz Gustavo. Eles eram muito amigos e gostavam muito se divertir. Certa vez, eles resolveram brincar  na rua de sua casa, neste lindo dia passou um homem que rotineiramente passava pela aquela localidade, ele vendia brinquedos , sorvetes, picolé  e muitos doces.  Júlia e Luiz  fizeram uma festa ao ver aquelas coisas na mão do homem do doce ,  ele parecia ser um a pessoa muito legal, ele distribuía  muitos brinquedos e doces para as crianças que não tinham condições de comprar. Contava que tinha  uma casa com um lindo parque de diversões, nesse dia o homem do doce  convidou as crianças   para passear na casa dele, assim as crianças  resolveram acompanhar o homem  até a casa a sua casa ,mas ao mesmo tempo ele  pediu para que as crianças não  avisassem  ao seus   pais, ou seja, que mentisse , quando as crianças chegaram na casa do homem do doce elas  ....  


VAMOS INTERAGIR RACIOCINANDO COM A MATEMÁTICA

USANDO AS PERAÇÕES ÷ × + - RESPONDA E COMENTE ESSAS QUESTÕES DE MATEMÁTICA

  • Comprei 20 lápis e depois comprei mais 13. Quantos lápis comprei ao todo?
  • Comprei 9 revistas. Já li 5. Quantas revistas ainda tenho para ler?
  • Um livro tem 82 páginas com 35 linhas em cada uma. Quantas linhas têm este livro?
  •  Que idade terá, em 2014 uma pessoa que nasceu em 1992?
  • Ana ganhou 20 brigadeiros para dividir com três colegas, quantos brigadeiros ficou para cada menina?

UMA REFLEXÃO ACERCA DA ALFABETIZAÇÃO !!!



A partir do tema abordado nesse artigo “METODOLOGIA DA ALFABETIZAÇÃO: DIALOGANDO NAS PERSPECTIVAS DO DESENVOLVIMENTO DA ESCRITA NA CRIANÇA E SUAS RELAÇÕES” é necessário repensar o processo de alfabetização – letramento das crianças. Como professores é preciso refletir: A nossa prática como professores do ensino fundamental está colaborando  para desenvolvimento da alfabetização das crianças?

METODOLOGIA DA ALFABETIZAÇÃO: DIALOGANDO NAS PERSPECTIVAS DO DESENVOLVIMENTO DA ESCRITA NA CRIANÇA E SUAS RELAÇÕES[1]

 

Daniele Santiago Santos[2]

Olivia Margarete Machado Queiroz Souza[3]

  
Resumo: Este artigo é consequência de uma pesquisa de campo feita na disciplina Metodologia da Alfabetização 2012.1, turma de Pedagogia, VI semestre, na UESB. Essa pesquisa tem como objetivo a analisar atividades desenvolvidas por três crianças de quatro anos de idade, identificando assim, o nível de desenvolvimento da escrita das crianças. O artigo aborda também algumas discussões nas perspectivas do desenvolvimento da escrita na criança e suas relações, acerca do letramento, alfabetização e escolarização e aspectos que influenciam na alfabetização, apontando também o desenvolvimento das hipóteses elaboradas pelas crianças com base nas reflexões de Ferreiro e Teberosky,(1995) incluindo uma análise dos dados, resultados da pesquisa e as considerações finais.

 Palavras-Chaves: Alfabetização, letramento, criança.

Introdução

 Este artigo é fruto de uma pesquisa na disciplina Metodologia da Alfabetização 2012.1, turma de Pedagogia, VI semestre, na UESB. Essa pesquisa tem como base, a análise de atividades desenvolvidas por três crianças de quatro anos de idade, da sala do grupo C. A turma é composta por dez crianças, entre 3 e 4 anos de idade, entre elas, três alunos com quatro anos e sete alunos com três anos. A turma é composta em sua maioria por meninos. Analisamos 03 (três) atividades de cada aluno, onde podemos observar que estes estão no processo de desenvolvimento da escrita.
         Foram realizadas duas visitas: a primeira com o objetivo de solicitar uma autorização para que fosse feita a pesquisa, e a segunda, foi para que com o auxílio da professora, fossem escolhidas atividades de alguns alunos para serem analisadas.
            A pesquisa foi realizada com alunos do Centro de Convivência Infantil Casinha do Sol – C. C. I. Localizada na Avenida Lyons Clube, s/n, bairro Jequiezinho. O corpo docente é formado por 5 professoras e 3 estagiárias.Trata-se de uma instituição universitária que atende no total de 44 crianças no diurno, crianças de classe média. Esse público é composto por filhos de funcionários, professores e estudantes da UESB. O centro é composto por três salas de aula, cozinha, refeitórios e banheiros adaptados para crianças, sala de reunião, uma construção da brinquedoteca e na área externa há um parquinho com diversos brinquedos. O objetivo desse artigo é analisar a evolução dos níveis da escrita da criança, com base nas concepções de Emília Ferreiro e Ana Teberosky. As análises das atividades serão desenvolvidas de acordo com o planejamento da professora da classe dos referidos alunos.
Diante do tema abordado, existe uma necessidade de repensar alfabetização. Segundo Tfouni (2010), a alfabetização, a escrita e o letramento não podem ser analisados de formas separadas, elas estão relacionadas entre si, porque no processo de alfabetização são desenvolvidas habilidades da escrita e letramento, sendo que este envolve a prática social da leitura.
Para iniciarmos a discussão, é importante fazer algumas reflexões voltadas para o surgimento da escrita e o objetivo da escrita em diferentes sociedades e contextos históricos. Em muitas sociedades, saber ler e escrever fazia parte de uma relação de poder, dominação, alienação e subserviência dentre outras formas que oprimem uma determinada classe social, já em outros momentos, a escrita contribuiu para o avanço das ciências. As práticas da escrita variam de acordo a época e a sociedade, pois cada uma possui suas especificidades. O processo cultural também interfere na escrita, que está diretamente interligado. Quanto mais a sociedade desenvolve a escrita, também passa a se desenvolver, incidindo assim, por um processo cultural para nos aproximarmos da escrita que existe hoje.
 

Metodologia da Alfabetização: Dialogando nas perspectivas do desenvolvimento da escrita na criança e suas relações

Diante do tema proposto no artigo, é de fundamental importância abordarmos discussões acerca do letramento, alfabetização, escolarização dentre outros aspectos que influenciam na alfabetização e o desenvolvimento das hipóteses elaboradas pelas crianças.

Uma breve discussão acerca do letramento, alfabetização e escolarização

            O letramento, a alfabetização, a escolarização e a educação estão inter-relacionados, ou seja, bem próximos um dos outros, apesar de terem significados diferenciados. Neste sentido é importante compreender o letramento de ensinar que são os objetivos e as práticas e a introdução do ensinar no contexto escolar, o letramento ensinado que é repensar as práticas no componente curricular abrangendo tudo que acontece no desenvolvimento da aula e do letramento adquirido, que são os conhecimentos que a criança conseguiu aprender durante as aulas e que vai levar para toda vida. Existe o letramento escolar que acontece dentro do espaço escolar e o não escolar que é construído nas relações sociais. Essas são algumas relações que podemos fazer da perspectiva do letramento e da educação.
Tfouni (2010) apresenta duas concepções de alfabetização.  A primeira é um conceito muito simples relacionado só com o processo de aquisição individual, com uma definição seca e mecânica, separando alfabetização da escolarização, onde na verdade esses processos não podem ser separados, pois alfabetizar é algo mais pontual, já a escolarização é um processo continuo, é o avanço após o desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita, por isso, eles não devem ser vistos de forma separada. Nesse sentido não devemos nos preocupar com os conceitos de alfabetização, mas com os problemas da alfabetização nas escolas, para então refletirmos sobre possibilidades de mudança. O segundo conceito mostra a ideia de alfabetizar como processo de representação, onde o individuo passa por estágios de representação da escrita. Ambos conceitos esquecem as práticas sociais que envolvem a alfabetização, pois alfabetizar engloba várias habilidades e áreas do conhecimento. De fato, alfabetização é a aquisição da leitura e da escrita e a compreensão do código escrito.
O sentido de letramento explicado por Tfouni (2010) é que o letramento estuda o que ocorre na sociedade saindo da perspectiva individual para a coletiva, ele se preocupa com o contexto histórico que a criança está envolvida e não só com o processo de alfabetização. O letramento inclui as pessoas que lêem, as que escrevem e as que não escrevem e as que não lêem, na alfabetização são considerados “analfabetos” porque não desenvolveram habilidades de leitura e escrita. No letramento as pessoas são letradas independentes do seu grau de escolarização, neste sentido se desconstrói a ideia de que quem não é alfabetizado não pensa, porque na realidade eles podem ser autores do seu próprio discurso, que pode ser da forma escrita ou oral. Tfouni (2010) apresenta nas suas discussões exemplos de pessoas com nível superior que não conseguem serem autores do próprio discurso comparando com pessoas que não tem o nível de escolarização elevada e consegue ser autores do seu discurso, tudo isso porque elas se comunicam e intervém na sociedade, tem um convívio social, assim, não existe o termo “iletrado”, com um letramento zero e sim níveis de letramento. O letramento vai muito além da alfabetização, da decodificação de letras, sendo na realidade uma compreensão do que está escrito, dando outro significado social à palavra que o individuo escreveu no processo de aquisição.
A escola só pensa na leitura e escrita esquecendo-se do social. Sendo assim, para processo de letramento, a escola deve proporcionar ao aluno condições para as práticas sociais de leitura, no sentido de entender o social. Quanto mais rico o lugar de informações, conseqüentemente maior será o desenvolvimento da criança. No entanto, passamos de um processo de alfabetização para o de letramento no sentido de que o conceito de letramento é mais completo numa forma mais plural, sendo o processo que fecha os ciclos da alfabetização. Através do letramento, o individuo pode usar o seu discurso para modificar sua realidade e tornar-se consciente das coisas que acontecem ao seu redor, se posicionando criticamente diante dos problemas, buscando possibilidades de transformação social.    

Aspectos que influenciam na alfabetização

Não podemos deixar de mencionar o interacionismo, como por exemplo, a interação do brinquedo para o desenvolvimento da escrita, porque em qualquer jogo há sempre uma situação imaginaria,

De acordo com os teóricos de corrente histórico- cultural, o jogo é a atividade principal da criança pré-escolar, ou seja, é o mediador por excelência das principais transformações que definem seu desenvolvimento. Fundamentar a educação infantil na ludicidade significa um saber-fazer reflexivo para que o jogo seja constituinte de zonas de desenvolvimento proximal. Independentemente de resultados, o interesse pela brincadeira mantém-se pelo processo de brincar, o que não significa a existência de um novo objetivo. O jogo tem por objetivo exercitar e desenvolver “todas as forças reais e embrionárias que nele existem”. (VYGOTSKY, 1996, p.79)

      A função simbólica da criança e relaciona com o significado que a criança dá ao brinquedo na forma como ela atribui sentido às coisas, neste sentido a criança se preocupa mais com o símbolo do que como natural. É através da linguagem falada  que a escrita vai desenvolver, no brincar a criança cria situações, por isso, é importante o estimulo da criança para desenho. Sendo assim, cabe à Pedagogia desenvolver atividades que proporcione o desenvolvimento da escrita, com práticas pedagógicas onde o mediador devera provocar experiências para as crianças com o ambiente rico e vivo, para que possam trabalhar com o imaginário. Essas práticas devem estar inseridas no contexto social da criança, ou seja, os símbolos devem estar inseridos no mundo dela, para que ocorra uma aprendizagem significativa, envolvendo a ludicidade.
       Antes de entrar na escola a criança já traz consigo as habilidades da escrita, mas essa escrita que é representada não é instrumentada, ela serve para que a criança possa organizar o seu mundo, mesmo que o adulto não compreenda o que a criança escreveu, ela entende o que está escrito. A criança brinca quando escreve, sendo assim os interacionistas como Vygotsky (1996) explicam que, para que a criança aprenda é preciso de motivação assim, entendemos que a motivação é importante para despertar e intensificar o desejo de aprender e levar o indivíduo à ação. Ela compõe a energia vital para o exercício de atividades, ou seja, é o interesse e a vontade que funcionam como impulsores da conduta humana. Nesse sentido:

[...] Sabendo-se que para aprender é necessário agir e, por outro lado, que a atividade se inicia graças à atuação de um ou vários motivos, conclui-se que a educação não pode prescindir da motivação. (CAMPOS, 1987, p.108)

Os símbolos devem ser comuns ao seu cotidiano para que a criança sinta interesse de escrever. É importante que o professor das séries iniciais compreenda o processo de escrita da criança, para que ele possa contribuir de maneira significativa para um bom desenvolvimento da escrita. 

Desenvolvimento das hipóteses elaboradas pelas crianças

A partir das análises das atividades observamos que as crianças trazem as hipóteses que usam para ler e escrever. Na leitura sem imagem,segundo (FERREIRO E TEBEROSKY,1985,) a criança precisa entender o sentido da palavra para compreender o texto, a entonação de voz influencia na forma de como a criança vai entender a frase. Na leitura sem imagem cria-se hipótese para a leitura no processo de dedução e decifrado. É importante nesse processo de desenvolvimento a utilização das letras de impressa porque a criança já desenha, sendo assim, fica mais fácil o desenho da letra, já a letra cursiva não acontece o mesmo, porque já é desenhada.
A criança no início do desenvolvimento não considera as palavras com menos de três caracteres, nem os artigos. Na hora da leitura é importante que o professor indique a direção de onde está começando e terminando a frase. A entonação vai ajudar a criança criar hipótese, é a partir da sua maturação que ela vai desenvolver a identificação das palavras sem imagens.
Já nas leituras com imagem baseados nas pesquisas de Ferreiro e Teberosky (1985), elas abordam o processo de desenvolvimento da criança. Essa pesquisa foi desenvolvida com o objetivo de descobrir quais são as hipóteses das crianças em relação à escrita quando esta vem acompanhada de uma imagem, assim, “a escrita também é um objeto simbólico, é um substituto (significante) que representa algo. Desenho e escrita substitutos materiais de algo evocado, são manifestações posteriores da função semiótica mais gerais. No entanto diferem”. [...] (FERREIRO E TEBEROSKY. 1985, p, 64). A comprovação das pesquisas traz o que as  crianças esperam encontrar no texto, o nome do objeto. Analisando as hipóteses das crianças na leitura do texto com imagem, no primeiro momento, texto e desenho, para criança, formam uma só unidade, depois o texto representa a etiquetagem, ou seja, o nome do desenho. Um dos primeiros índices de referência do texto acontece quando a criança pega o livro por imitação, [...] “a influência do fator social está em relação direta com o contato com objeto cultural “escrita”. É evidente que a presença de livros, escritores e leitores é maior na classe média do que na classe baixa. ”[...] (FERREIRO E TEBEROSKY.1985, p, 96).
É preciso que a criança tenha exemplos dos quais ela possa imitar, ou que tenha lido histórias para ela. Neste sentido as metodologias usadas nas aulas devem se apropriar de imagens que fazem parte do cotidiano da criança, facilitando a identificação dos desenhos, conseqüentemente isto resulta em um bom desenvolvimento.
A partir das análises das atividades destacadas, é importante fazer uma reflexão da pesquisa desenvolvida por Ferreiro e Teberosky (1985), pois esta representa as hipóteses das crianças relacionadas com as diferenças e as relações que a criança faz perante o reconhecimento das letras, dos números e sinais de pontuação no desenvolvimento da escrita. No primeiro momento as crianças confundem os números com letras, depois ocorre uma distinção entre elas e por último a reintrodução do conflito. As primeiras tentativas de escrita das crianças, onde estas diferenciam das tentativas em desenhar de duas formas: traços ondulados contínuos, que retratam a continuidade da letra manuscrita, ou de uma série de pequenos círculos e linhas verticais que representam a descontinuidade da letra de imprensa. Neste sentido os materiais utilizados nas aulas e as metodologias, farão a diferença no aprendizado, pois quanto maior for à interação, melhor o desenvolvimento do abstrato para o concreto na criança, contribuindo para uma boa evolução da escrita na criança.
Ferreiro e Teberosky (1985) explicam cinco níveis sucessivos de evolução da escrita da criança,estes níveis são resultados de uma pesquisa que as autoras fizeram com crianças dos 4 a 6 de idade.
No nível um, o pré-silábico, a criança usa o desenho, as garatujas para representar as letras, ela não domina a escrita. A criança reproduz os traços típicos da escrita que são identificados como forma básica. Neste nível a compreensão da escrita não está relacionada com as diferenças objetivas do resultado, visto que as escritas são semelhantes umas das outras, mas com a intenção de quem escreve. Sendo que a partir dessa análise, somente a própria criança consegue interpretar a sua escrita.
O nível dois, o pré-silábico, ocorre o abandono do desenho para as letras, a criança começa atribuir o grafismo para mostrar as letras. Esse nivel  é caracterizado através da atribuição de significados diferentes das escritas, as grafias são cada vez mais próximas às letras e segue-se com ideia de que é necessário uma quantidade mínima de grafismos variados para escrever algo. Em algumas crianças a disponibilidade de formas gráficas é ainda limitada e a única maneira para responder a todas as exigências que a escrita lhe coloca, é mudar a posição dos mesmos na ordem linear. Assim, passam a usar as mesmas letras, que fazem parte do seu conhecimento, variando as posições e os tamanhos para dizer coisas diferentes. Descobrir que duas ordens diferentes dos mesmos elementos resultam em duas totalidades diferentes, é uma aquisição cognitiva notável.
O nível três o silábico a criança dá valor sonoro às letras, ela distribui as letras de acordo a quantidade de som, ou seja, entende a palavra a partir do som e atribui uma letra para cada som, geralmente ela escreve as letras que já conhece. Nesse estágio ainda, só a criança entende o que ela escreveu. Se  caractetriza através da tentativa de dar um valor sonoro a cada uma das letras que compõem a escrita. A partir dessa tentativa a criança passa por um período evolutivo importante que é a hipótese silábica, em que cada letra ou grafia representada vale pelo som de uma sílaba do nome. Ao usar a hipótese silábica, duas das características da escrita anterior tendem a desaparecer por um tempo: as exigências de variedade e quantidade mínima de caracteres. A hipótese silábica é uma construção que a criança faz e que pode existir ao mesmo tempo com formas estáveis aprendidas como um todo.  Porém, quando se trata de uma frase, é importante destacar que  cada letra a criança relaciona às palavras que a compõe e não às sílabas.
No nível quatro, denominado hipótese silábico-alfabético, as pessoas entendem o que a criança escreveu, neste sentido ela deve ser estimulada para mudar os níveis. Esse nivel é descrito atravésdas divergências que resulta da mudança da hipótese silábica para a alfabética. Até então, a criança havia construído dois conceitos que insiste em não desprezar: que é necessário certo número de letras para que algo possa ser lido e que cada letra representa uma das sílabas que compõem o nome. Pela divergência que encontra entre a hipótese silábica e a exigência da quantidade mínima de grafias e entre as formas gráficas que o meio lhe propõe e a leitura dessas formas em termos de hipótese silábica, a criança sente dificuldades em sistematizar as variadas hipóteses que foi construindo, e por isso, ela começa a sentir necessidade de avançar. A escolha das letras para representar os sons das palavras que ouve, passa a ser significativa e a escrita inicial não é mais só uma representação da sílaba, apesar de não conseguirem representar todos os sons da palavra. É assim que a criança passa para o nível seguinte.
Por fim o nível cinco que é o alfabético é o final da evolução, a criança está alfabetizada, mas não domina as questões ortográficas, este estágio é um coroamento dos níveis.  É nesse nível, onde a criança já compreende que a cada grafema corresponde a um fonema, mesmo que não saiba como esse grafema se desenha. A partir dessa fase a criança se confrontará somente com as dificuldades próprias da ortografia. E nas grafias que correspondem a vários valores sonoros ou nas distintas grafias que correspondem a um mesmo valor sonoro. É importante que o professor entenda de que ao atingir a escrita alfabética, a criança já superou muitas dificuldades e que a questão da ortografia, não é propriamente problema da escrita.  

 Análise dos dados

            Diante desse planejamento da pesquisa realizamos análises acerca da evolução da escrita na criança tendo como referência a pesquisa desenvolvida por Ferreiro e Teberosky (1985). A partir dos exemplos citados abaixo, podemos observar as fases do desenvolvimento das crianças.
 Na primeira atividade desenvolvida, o objetivo da professora foi trabalhar conversas informais, apresentação dos números e quantidades, abrangendo os eixos da Linguagem oral, escrita, conhecimento social e o numeral 1, com as seguintes estratégias: depois de conversar sobre o projeto ela propôs trabalhar com eles os números, com uma corrida dos números e em seguida as crianças iriam escrever o que foi mais importante.
            A criança N (4 anos[4]) desenhou aleatoriamente e incluiu a primeira letra de seu nome,este desenho foi construído a partir da conversa informal. A professora atribuiu nomes ao desenho porque nesse nível, o pré-silábico, ele tem uma intenção de escrita.
Já a criança F(4 anos), escreve as letras do seu nome,esquecendo-se da consoante “L”, neste sentido ela tenta dar um valor sonoro a cada letra do seu nome, característica do momento silábico do desenvolvimento. (Anexo 2, nível3).
O aluno R (4 anos),consegue alcançar a proposta da professora escrevendo o numeral, apresentando também desenhos relacionados  à conversa informal. Sendo assim o desenho é limitado, por isso ele muda de posição e tamanhos da escrita para cumprir o objetivo proposto. ( nível 2).
A segunda atividade tinha como objetivo favorecer a construção de conhecimento sobre o tema do projeto. Os eixos abordados foram linguagem oral, conhecimento social. E os conteúdos: leitura de imagens, conversas informais, leituras dos livros sobre animais, produção livre de desenho e escrita. O procedimento usado na aula envolveu o acolhimento das crianças com uma música com o tema sobre os animais. A atividade pedagógica desenvolvidas incluiu a conversa informal e rodinhas de músicas, logo em seguida as crianças foram levadas para a área externa a fim de participarem do piquenique e fazerem atividades de escrita, que se dividiam em atividade externa: parque, e atividade motora: brincar.
          A criança R (4 anos),fez um desenho livre que representa o cotidiano dele, e reconta a historia através do desenho, características estas que são identificados como forma básica da escrita no pré-silábico. (Ver anexo 4, nível 1, ).
O aluno N (4 anos), reconta a história através de desenho trazendo elementos do seu cotidiano.Podemos observar queas grafias são cada vez mais próximas às letras e segue-se com ideia de que é necessária uma quantidade mínima de grafismos variados para escrever algo.
A criança F (4 anos) escreve algumas letras do alfabeto e também escreve as letras iniciais do seu nome e dos seus colegas, atribuindo características diferentes para as escritas.Criança F (4 anos), nível 3.
A terceira atividade traz como objetivo, a construção de fazer um cartaz com algumas imagens da natureza. Os eixos da área trabalhados foram linguagem oral e conhecimento social e os conteúdos se definem em leitura de imagens e conversas informais. O procedimento usado nessa atividade foi à construção de um cartaz. As atividades proporcionadas foram conversa informal, rodinhas de músicas, logo em seguida as crianças sentaram-se no chão para construírem um cartaz que traduzia tudo que foi exposto e o novo conhecimento que foi construído durante a semana incluindo atividade de escrita. Estas atividades se subdividem em atividade externa: parque, e atividade motora: brincar.
            A criança N (4 anos) escreve corretamente as letras do seu nome e é interessante que ela consegue escrever o nome do seu colega R, atribuindo assim, valor sonoro as letras, não só a letra inicial do próprio nome, mas também a do colega. Faz ainda alguns desenhos provavelmente relacionados com o ambiente da creche.
O aluno R (4 anos), consegue escrever as letras do seu nome, atribuindo sonoridade as letras. Assim, percebemos que através dessa escrita o aluno demonstra o surgimento da hipótese silábica.
A criança F (4 anos), também já consegue escrever nitidamente seu nome, atribuindo valor sonoro às letras, os rabiscos apresentados mostram que a criança perdeu o interesse pela atividade e começa atribuir alguns rabiscos. Essa escrita demonstra claramente o surgimento da hipótese silábica.

 
Considerações Finais

A partir das análises, observamos que as crianças estão em diferentes fases e que desenvolvem diferentes hipóteses independentes do nível em que se encontram. Os alunos nas primeiras e segundas atividades oscilam de níveis, já nas terceiras atividades elas estão no mesmo nível, o silábico. Nas análises das atividades conseguimos unir teoria e prática e compreender melhor esses estágios.
Podemos concluir com o trabalho desenvolvido que ao observamos na prática as hipóteses elaboradas pelas crianças, percebemos que na medida em que a criança se desenvolve as hipóteses também vão se desenvolvendo. Diante disso, podemos confirmar a pesquisa e a teoria desenvolvida por Emília Ferreiro e Ana Taberosky. A pesquisa e as outras bibliografias estudadas nos possibilitaram ter uma grande compreensão do desenvolvimento da criança, além de ser de grande relevância para a prática pedagógica. É importante destacar também que nesse processo de desenvolvimento, é preciso que o professor entenda as fases evolutivas de leitura e escrita da criança, para que possa fazer as intervenções necessárias, criando assim, meios para que elas desenvolvam suas habilidades, possibilitando uma aprendizagem significativa.

 

8 Referências

CAMPOS, Dinah Martins de Souza. Psicologia da aprendizagem. Petrópolis: Vozes, 1987.

FERREIRO, Emília; TABEROSK, Ana. A Psicogênese de Língua Escrita. Porto Alegre: Artes Médicas 1985.

TFOUNI, Leda Verdiani. In: Escrita,alfabetização e letramento. Letramento e Alfabetização. 9. ed.São Paulo:Cortez,2010.

VALSINER, J.; VAN DER VEER, R.Vygotsky,L. Uma Síntese. São Paulo: Loyola, 1996.

 

 



[1]Pesquisa de campo orientada pelo professor Alfrâncio Ferreira Dias, ministrante da disciplina Metodologia da Alfabetização 2012.1, turma de Pedagogia, VI semestre, na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.
[2]Graduanda do VII semestre de Pedagogia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB – Departamento de Ciências Humanas e Letras – DCHL e bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID/UESB, campus de Jequié – BA, email: danisantiago.s@hotmail.com.
3 Graduanda de Pedagogia de Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia- oliviavip@hotmail.com
               
[4]Nesta pesquisa foram utilizadas as letras iniciais dos nomes das crianças, a fim de manter o anonimato.

terça-feira, 12 de março de 2013

VAMOS DIALOGAR !!!


A partir da leitura desse artigo “ANÁLISE DE RELATOS SOBRE GESTÃO ESCOLAR: DIÁLOGOS COM SUJEITOS PIBIDISTAS, LÍDERES DE SALA DE AULA E REPRESENTANTE DO COLEGIADO ESCOLAR” será que nós estamos tendo na verdade uma gestão democrática onde toda a comunidade escolar participa das decisões que são tomadas nas escolas

ANÁLISE DE RELATOS SOBRE GESTÃO ESCOLAR: DIÁLOGOS COM SUJEITOS PIBIDISTAS, LÍDERES DE SALA DE AULA E REPRESENTANTE DO COLEGIADO ESCOLAR
 
Fabrícia Peixoto De Souza1
Daniele Santiago Santos2
 
Resumo: Este trabalho visa discutir sobre os estudos e pesquisas realizadas através do Subprojeto de Pedagogia “O processo formativo do pedagogo e a escola de educação básica: microrrede ensino aprendizagem formação”, do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB. De modo que a pesquisa trata-se de uma abordagem qualitativa e do tipo etnográfico em que utilizamos de entrevistas para recolha de dados sobre a gestão escolar do Colégio Estadual Luiz Viana Filho – CELVF, Jequié-BA, instituição parceira do programa. Através de estratégia lúdica de pesquisa propomos uma Intervenção Pedagógica “A gestão escolar e a vida cidadã” para os Pibidistas e líderes de sala de aula - do Ensino Médio, matutino, da referida escola. Que como objetivo geral dialogar sobre o papel cidadão na escola e de uma gestão escolar. Como resultados da nossa pesquisa, destacaremos umas das entrevistas que realizamos com a representante dos alunos no colegiado escolar e ao relatar a intervenção pedagógica, apresentaremos questões sobre cidadania, especificidades da escola, participação, democracia e gestão escolar. Em suma, podemos apontar a relevância do diálogo na realização de pesquisas qualitativas e na compreensão do ambiente escolar e das demandas educacionais na perspectiva de uma formação docente pautada em reflexões significativas para o desenvolvimento profissional.
 
 
Palavras - chave: Gestão escolar. Pibidistas. Intervenção Pedagógica.    
 
 
Introdução
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência – PIBID da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB tem proporcionado um desempenho acadêmico no desenvolvimento dos bolsistas de modo que é constituído por diversos subprojetos de licenciaturas na perspectiva de constituir diálogos entre as diversas áreas de conhecimentos, atitudes interdisciplinares, possibilidades de engajamentos em pesquisa, extensão e docência.
Nesse âmbito, as nossas reflexões são efetuadas no subprojeto de Pedagogia “O processo formativo do pedagogo e a escola de educação básica: microrrede ensino –aprendizagem - formação” como proposta para efetivação de trilhar uma formação inicial do pedagogo (no nosso caso é um grupo composto por mulheres), quando somos aptos a relacionar a teoria e prática, universidade e a escola de educação básica.
Assim, focaremos nas nossas reflexões questões em torno da gestão escolar, especificamente em uma das escolas que o programa possui parceria, nomeado como Colégio Estadual Luiz Viana Filho – CELVF, no município de Jequié-BA, em que semanalmente perpassamos quatro horas dentro da escola em diversas aprendizagens.
Importante ressaltar que no final do ano de 2011 iniciamos o nosso olhar e estudos referente a gestão escolar, de modo que compreendemos o campo da pedagogia em diversos espaços da escola, já que a docência e a identidade profissional pode ser associada por diversos fatores culturais, sociais e históricos.
A nossa pesquisa foi contemplada com um viés qualitativo, pontuado a importância dos sujeitos nesse processo de pesquisa. Segundo Marli André (1995) a escolha da abordagem permite ao pesquisador escolher qual tipo de pesquisa utilizará na recolha de dados. Nessa vertente e através de estudos priorizamos direcionar o nosso olhar sobre gestão escolar através da pesquisa do tipo etnográfico, que nos possibilitou a ter uma aproximação dos sujeitos da escola e as suas especificidades enquanto sujeitos cidadãos. Ou seja, a pesquisa etnográfica permite ao pesquisador manter uma relação com os sujeitos envolvidos, entendendo-os com uma visão geral (TEIS; TEIS, 2006).
Assim, realizamos entrevistas traçadas por diálogos entre nós bolsistas e os sujeitos pesquisados (comunidade escolar), como recurso utilizamos de gravadores para proporcionar um maior controle dos dados e posteriormente uma análise da pesquisa para possíveis produções cientificas.
Já no ano de 2012 demos continuidade a pesquisa e estudos na área de gestão escolar ,sendo alterado algumas integrantes de pedagogia, já que algumas bolsistas precisavam-se desvincular do programa devido a conclusão do curso, mas o quadro foi recomposto com novas bolsistas. Com uma nova coordenação também, tentamos dar continuidade aos nossos estudos e com planejamento de novas metas. Assim, aprofundamos estudos coletivos em relação ao Programa de Capacitação a Distância para Gestores – Progestão, de modo que refletimos sobre a complexidade que envolve a gestão escolar e questionamos sobre as imposições, as carências e as inquietações da comunidade escolar.
Como complementação dos estudos, realizamos no início do segundo semestre de 2012 uma intervenção pedagógica denominada “A gestão escolar e a vida cidadã” no CELVF, com um público-alvo constituído por alunos (Pibidistas e líderes de sala do Ensino Médio - matutino), sendo um total aproximadamente de 12 alunos. Essa intervenção foi constituída pelos seguintes objetivos: Dialogar sobre o papel de cidadão na escola e de uma Gestão Escolar; Identificar aspectos sobre a gestão escolar, enfocando suas ações e a participação dos sujeitos (comunidade escolar); e refletir sobre a importância da participação no ambiente escolar. Em que foram realizadas atividades que geraram em torno de discussões sobre gestão escolar, cidadania, especificidades da escola, democracia e participação. Os recursos utilizados para recolha de dados foram à exibição de vídeo, dinâmica e leitura, proporcionando assim diálogos significativos dos sujeitos da escola.
No desenvolvimento das reflexões abordaremos questões sobre a importância da pesquisa nos diálogos traçados referente à gestão escolar e a visão dos discentes sobre a sua escola. De modo que trata-se de uma pesquisa em andamento e neste referido trabalho faremos um recorte de dados que nos chamaram atenção para essa discussão.
 
A importância da pesquisa e suas contribuições na esfera das reflexões sobre gestão escolar: uma análise de entrevista com a representante do colegiado (Pibidista)
 
Ao reconhecermos a importância da pesquisa na formação inicial docente exploramos através do PIBID um viés qualitativo nas nossas abordagens de pesquisa na ambiência escolar. De forma que aprofundamos em questões que estão relacionadas com a nossa formação em pedagogia na perspectiva de compreendemos a complexidade que envolve a escola e mais um campo de atuação do Pedagogo.
Assim, nos organizamos e planejamos os materiais através de estudos e pesquisas que direcionaram os nossos objetivos, nesse contexto elencamos alguns itens para priorizamos nas entrevistas sobre Gestão Escolar, tais como: Informação democratizada; Conselhos escolares; Participação de estudantes, pais, mães e comunidade em geral; Parcerias locais e relacionamento da escola com os serviços públicos; Tratamento aos conflitos que ocorrem no cotidiano da escola; Participação da escola no Programa Dinheiro Direto na Escola; e Participação em outros programas de incentivo à qualidade da educação do governo federal, governos estaduais ou municipais. Por serem as entrevistas gravadas, na realização da pesquisa surgiram outros questionamentos acerca da temática, proporcionando assim uma maior interação entres os sujeitos pesquisados e nós bolsistas de pedagogia. Referente ao primeiro eixo sobre informação a aluna representante do colegiado no ano de 2011 relata que “Nós somos avisadas, ficamos por dentro. Há uma participação da gente aluno. O colegiado sempre é avisado, eu entrei agora, mas sempre estamos por dentro das coisas.”
A informação é essencial dentro de qualquer ambiente institucional, no caso da escola, quando ela acontece, de forma que toda a comunidade seja avisada, pode ser considerada como democratizada, na medida em que os sujeitos saibam o que irá acontecer com antecedência dentro da instituição e fiquem informados dos seus direitos e deveres. Nesse ponto, cabe destacar a vertente sobre gestão escolar:
 
Cabe ressaltar que a gestão escolar é uma dimensão, um enfoque de atuação, um meio e não um fim em si mesmo, uma vez que o objetivo final da gestão é a aprendizagem afetiva e significativa dos alunos, de modo que, no cotidiano que vivenciam na escola, desenvolvam as competências que a sociedade demanda, dentre as quais se evidenciam: pensar criativamente; analisar informações e proposições diversas, de forma contextualizada; expressar idéias com clareza, tanto oralmente, como por escrito; empregar a aritmética e a estatística para resolver problemas; ser capaz de tomar decisões fundamentais e resolver conflitos, dentre muitas outras competências necessárias para prática da cidadania responsável. (LÜCK, 2000, p.8).
 
Assim, a gestão escolar não esta acabada dentro da escola, pelo contrário, a gestão possui um movimento regido pelas próprias demandas educacionais e da sua própria realidade local. Outro ponto que merece destaque é referente ao colegiado escolar. Quando questionado sobre atuação do mesmo, a aluna também respondeu: “Nas reuniões é atuante sim. Nós já falamos do desempenho dos alunos ruins, demos opiniões para melhorar, tipos planos para fazer uma aula diferente. Falamos de alguns probleminhas do colégio, pensando como resolver.” Com esse relato, podemos perceber o quanto é fundamental um colegiado na resolução de decisões dentro da escola e a junção de vários representantes para tratar de questões dos seus próprios interesses, inclusive a categoria dos discentes. Podemos abarcar que o conselho escolar é:
 
[...] um órgão colegiado que tem como objetivo promover a participação da comunidade escolar nos processos de administração e gestão da escola, visando assegurar a qualidade do trabalho escolar em termos administrativos, financeiros e pedagógicos. Para tanto, desempenha funções normativas, deliberativas e de fiscalização das ações globais da escola. (PARENTE; LÜCK, 2000, p. 157)
 
Compete assim, ao colegiado escolar e seus integrantes buscar uma melhoria de qualidade para educação pública, de modo que a questão quantitativa esteja relacionada com um viés qualitativo de questões pedagógicas e dentre outros âmbitos. Ao continuarmos o diálogo a aluna ressalta também sobre a participação dentro da escola:
 
Não há grêmios estudantis, mas há líderes de sala, representante no colegiado (alunos). Há um diálogo dos líderes com a gente. Com representante de sala a gente conversa e fala com os demais sobre as decisões. Nos reunimos para decisões. Em relação a dinheiro todos os alunos não se reúnem para decidir não, mas eu no colegiado. Há uma participação, interação só quando tem reuniões (da coordenação com os pais, entrega de boletins) acho que deveria haver outros momentos. Mas acho difícil os pais participarem de outros momentos se forem convidados. Em muitas das vezes os alunos não avisam para seus pais e alguns pais também trabalham e não podem vir. Não tenho sugestões no momento para acontecer esses encontros. Às vezes a escola abre as portas para comunidade (jogos nos finais de semana e etc.). Quando a escola faz algum evento à comunidade participa. Assim, quando a escola decide as ações, são passadas para a gente e agente acata (a coordenação comunica). Já aconteceram maratonas e gincanas aqui na escola e utilizamos de outros espaços (centro de cultura e palácio das artes).
 
 
Nessa referente fala, a aluna deixa implícita a carência da relação da família e escola, que pode esta relacionada com vários fatores que envolvam todos os sujeitos, comunidade escolar interna e externa, tais como: professores, pais, alunos, coordenação, gestão escolar e dentre outras pessoas. Ainda sobre a questão de participação, é fundamental ressaltarmos que:
 
A participação da comunidade, ou seja, de pais de alunos e outros moradores, jovens e adultos, está longe de significar algo em vias de concretização. Vários diretores revelam forte descrença quanto a uma efetiva participação. Assim, em muitos depoimentos, encontra-se a idéia de que a população é equivocada a respeito de uma suposta exclusiva obrigação do Estado para com a educação escolar. (TORRES; GARSKE, 2000, p. 62)
 
 
Assim, o que não nos compete aqui é dizer de quem é a culpa dessa carência, mas de verificar que em muitas das vezes há uma transferência de atribuições, principalmente da família para a escola ou até mesmo uma falta de comunicação e estratégias diferenciadas para proporcionar esses encontros.
Referente ao tratamento dos conflitos que ocorrem no cotidiano da escola foi especificado pela aluna que “Quando acontecem problemas aqui na escola a  diretora chama para conversar e se não resolver chama outras parcerias para ajudar. E se continuar o aluno é transferido da escola ou leva suspensão.” A mesma ainda complementa sua resposta dizendo que “Os professores não dialogam e nem negociam em relação às brigas dos alunos.”
Em relação à participação da escola no Programa Dinheiro Direto na Escola - PPDE foi relatado pela aluna que “A escola recebe do PDDE, que manda uma verba, acho que é do estado. A utilização desses recursos é discutida democraticamente nas reuniões de colegiado. O dinheiro é para as coisas mais urgentes.” Quando questionada também sobre a participação em outros programas de incentivo à qualidade da educação do governo federal, dos governos estaduais e municipais, a mesma relatou demonstrando nenhuma informação sobre a questão “Não me lembro desses programas, já ouvir falar do Mais Educação, mas não sei se na escola tem, acho que sim.”
Nesse âmbito, podemos perceber a importância da participação de alunos no colegiado escolar e a necessidade de informação das especificidades que compõe uma escola. Cabendo ao sujeito interagir nas questões e decisões que lhes são oportunas e necessárias. Pois a responsabilidade da escola não é somente de uma parcela da comunidade ou dos sistemas superiores de educação, mas de toda sociedade.
 
Intervenção pedagógica com os Pibidistas (lideres de sala de aula) através de uma estratégia lúdica na realização de pesquisa qualitativa sobre as especificidades da escola
 
Ao compreendermos o processo democrático na escola ou em qualquer âmbito da sociedade é de fundamental importância abordarmos a cerca do diálogo como fator principal na relação democrática de um grupo. O diálogo é o momento que está inteiramente relacionado com a participação democrática envolvendo discussões para possíveis tomadas de decisões dentro da escola. Nessa concepção a escola:
 
É um espaço socioorganizacional no qual atuam diversos indivíduos ligados entre si por vários tipos de relações mais ou menos formalizadas, abrigando tensões, negociações, colaborações, conflitos e reajustamentos circunstanciais ou profundos de suas relações. (TARDIF E LESSARD, 2009, p.55).
 
 
 Na intervenção pedagógica “A gestão escolar e a vida cidadã”  realizada com os Pibidistas (líderes e vice da sala de aula)  constituído por  um grupo de 12 alunos do Colégio Estadual Luiz Viana Filho- CELVF foram traçados diversas questões referente a participação dos mesmos na escola, tais como: os diferentes direitos e deveres do alunos e professores , a necessidade de um grêmio estudantil, inclusão escolar, o papel da escola, as informações da escola , a importância das  decisões serem coletivas, dentre outras questões que retrataram as especificidades da escola. Sendo assim, abordaremos algumas questões específicas em relação ao que foi citado anteriormente.
Assim, na análise dos resultados observamos que os Pibidistas pronunciaram sobre as dificuldades dos mesmos referente aos diálogos com as outras turmas e com a escola, necessitando assim de um grêmio estudantil. Nessa vertente:
 
O Grêmio é a organização que representa os interesses dos estudantes na escola. Ele permite que os alunos discutam, criem e fortaleçam inúmeras possibilidades de ação, tanto no próprio ambiente escolar como na comunidade. O Grêmio é também um importante espaço de aprendizagem, cidadania, convivência, responsabilidade e de luta por direitos.(ref)
 
 
 O grêmio é na verdade onde o estudante consciente do seu papel na escola tem a possibilidade de resolver e opinar nas questões mais aprofundadas dentro do ambiente escolar, aumentando assim a participação dos alunos na escola, contribuindo na construção de um ambiente crítico e reflexivo. Sendo assim é fundamental nessa discussão destacar a importância do diálogo. Na concepção de Freire:
 
Por isso, o diálogo é uma exigência existencial. E, se ele é o encontro em que se solidarizam o refletir e o agir de seus sujeitos endereçados ao mundo a ser transformado e humanizado, não pode reduzir-se e um ato de depositar idéias de um sujeito no outro, nem tampouco tornar-se simples troca de idéias a serem consumidas pelos permutantes. (FREIRE, 2005, p.91).
 
Nessa reflexão, reconhecemos a intervenção pedagógica como uma possibilidade de diálogo, na medida em que nos colocamos como sujeitos ativos dentro do ambiente escolar. “O que importa, o que verdadeiramente importa, é recentrar o nosso discurso sobre a escola. Dar prioridade, não ao sistema ou às escolas ,mas à Escola com letra grande. Mas para isso, há que alargar, ampliar elevar o olhar: ver a Escola para lá das escolas”.( POMBO,S/D,p.28).   
Diante das questões propostas por nos Pibideiras (bolsistas) na atividade com os Pibidistas, ambos refletiram sobre as especificidades da escola, no tocante da gestão escolar. Neste sentido, as discussões envolveram todos na Intervenção Pedagógica de maneira significativa pela motivação das atividades lúdicas que “[...] por si mesmas, são construtivas, na medida em que são ações; e, sabemos, a partir de várias tradições teóricas, que o ser humano enquanto age modificando o mundo, modifica-se também a si mesmo”. (LUCKESI,S/D,p.43). Importante ressaltar que o lúdico que utilizamos foi o jogo confeccionado por nós e denominado como “Jogo da árvore genealógica” devido ás diversas imagens de escolas que utilizamos, composto por diversas bexigas e envelopes na pretensão de fazermos comparações e indagações sobre a  escola na vida dos discentes. Contribuindo assim, para um bom desenvolvimento dos diversos pontos propostos que reverberaram numa pesquisa de abordagem qualitativa na interpretação dos fatos, levando em consideração as especificidades de cada discussão. Sendo assim entendemos que:
 
Por meio do método qualitativo, o investigador entra em contato direto e prolongado com os grupos humanos, com o ambiente e a situação que está sendo investigada, permitindo um contato de perto com os informantes.(MARCONI;  LAKATOS,  2004, p.272).
 
Facilitando assim o desenvolvimento da pesquisa com o movimento contextualizado dos sujeitos envolvidos. De modo que tivemos um compromisso ético com as opiniões e com os dados coletados para essa atual reflexão.
Na discussão que abrangeu as contribuições da escola para a vida dos alunos, percebemos que alguns alunos trazem um pensamento limitado no sentido de não pensar a escola numa formação completa do individuo, porque para eles a escola vai trazer um conhecimento profissional. É neste sentido que para Paro (2007) a formação de indivíduos críticos, transformadores e libertadores só podem ocorrer numa escola de qualidade, que busque a formação do sujeito para autonomia, tirando o mesmo da heteronomia, trazendo elementos culturais numa educação para democracia, na emancipação do humano para ser feliz, no qual o trabalho sirva para a construção e a transformação da realidade. Essa realidade somente poderá ocorrer em espaços que possuam uma gestão democrática, desde a participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico, até o fortalecimento do colegiado e a diminuição das diferenças socioeconômicas.
Ao percebermos o processo de uma gestão escolar democrática os alunos revelam diversos entendimentos acerca da questão abordada já que se tratava de um público de doze alunos, como por exemplo, para alguns alunos uma gestão escolar democrática é aquela que “deixa os alunos informados das decisões e participa das decisões que são tomadas na escola.” Em relação ao questionamento se as decisões da escola são democráticas alguns discentes revelam que quando a escola vai tomar decisões os alunos não sabem quando ver já tomou, a escola toma decisão e dar a notícia”. Uma outra opinião acerca da mesma pergunta foi contemplada da seguinte forma: As informações  são postadas nos murais da escola o alunos também tem a obrigação de buscá-las. Percebemos assim que as informações na escola é um ponto importante, mas que uma gestão democrática vai muito além das decisões e das informações.
Sobre a questão financeira, as respostas foram contrárias também, pois alguns opinaram que os discentes não precisam saber o que a diretora vai fazer com o dinheiro, já outros discentes especificaram que eles precisam sim saber. Sabemos que a obrigação do gestor é informar sobre os gastos da escola e cabe aos alunos como indivíduos participantes do processo educativo manter-se informados sobre a questão.
Na definição da democracia eles acreditam que é ser democrático é “compartilhar as opiniões com os outros.” Sendo assim, podemos citar que o dicionário Aurélio define democracia como “1.Governo do povo; soberania popular.2.Doutrina ou regime político baseado nos princípios da soberania popular e da distribuição equitativa do poder. (Ferreira, 2001, p.226)
Na afirmação de alguns alunos, ficou óbvio que os discentes possuem já conhecimentos sobre seus papéis dentro da escola, pois são cidadãos de direitos e deveres, mas em relação à concepção de uma gestão escolar democrática ainda há diferenciações, ficando retratado que ainda não possuem uma definição do que é realmente uma gestão democrática.
Sobre a reflexão da gestão escolar democrática, Paro (1987) ressalta como algo utópico, não por que é impossível de existir, mas por que pode ser vista como inexistentes, mas capaz de existir para solucionar muitos dos problemas escolares.
Dessa forma, as possibilidades surgem com diálogos e o reconhecimento do que é ser cidadão e o papel essencial das participações dentro do ambiente escolar. Na medida em que reconhecem a necessidade de uma gestão escolar que sejam de responsabilidades de todos e pensadas na resolução das suas realidades educacionais. Sendo assim, o que podemos trazer  para o nosso diálogo são  os resultados de uma gestão democrática que de acordo com estudos  demonstra  ser “[...] positivos nos índices de aprovação e permanência do aluno na escola , e a participação  dos pais , em um processo que não vise à mera cobrança ao professor , mas à efetiva integração no processo de ensino e aprendizagem[...]”( FERREIRA E AGUIAR, 2001,p.250)
Sobre a questão da cidadania, os discentes especificaram que todos os homens e mulheres são cidadãos e que tem os seus direitos e deveres, mas que em muitas das vezes os seus direitos não são correspondidos devido às questões econômicas, sendo assim, privilégios somente para uma minoria, e que na maioria das vezes eles enquanto simples estudantes não têm o direito de exigir (por não ter condição financeira).
Ainda sobre a questão da cidadania, eles disseram que ser cidadão é estar orientado pelas coisas da política, deixando implícito o papel importante da política na vida dos cidadãos, e argumentaram também que o papel do cidadão é justamente respeitar e colaborar nos diversos espaços e na sociedade. E neste sentido que Adenilson Junior e Resende (S/D, p.13) afirmam que no“ [...]processo de constituição da cidadania, a educação assume um papel importante na formação do cidadão”.
Prosseguindo ainda com a análise referente à vida cidadã e o papel deles dentro da escola e de alguns como líderes de sala (líder e vice-líder), o grupo de alunos relata a importância deles na sala de aula como exemplo para seus colegas, com compromisso, autoridade, frequência nas aulas, tentar conservar a organização da turma e tomar decisões dialogadas com os seus colegas.
Continuando com o diálogo em outra instância da intervenção pedagógica onde os discentes queixaram sobre os direitos que os professores tem diferenciado deles, como exemplo disso, o grupo de alunos relataram que alguns de seus professores chegam atrasados na sala de aula e já os alunos são extremamente proibidos aos atrasos no início das aulas. Na concepção dos discentes, a categoria docente deveria pelo menos justificar perante aos discentes, pois eles merecem também uma explicação, exigindo então direitos iguais na escola. Assim, entendemos que para o exercício da democracia se concretize é preciso uma mudança de postura do professor numa relação direta no processo de modificar a si mesmo para modificar o outro.
Assim, o estudo que realizamos no PIBID resultou nessa citada intervenção pedagógica que ocorreu através da ludicidade, que estabeleceu assim uma discussão acerca das especificidades da escola envolvendo os estudantes numa dimensão de sujeitos ativos na comunidade escolar, corroborando assim para uma pesquisa de cunho qualitativo numa reflexão contextualizada.
 
CONCLUSÃO
 
Diante do que foi refletido sobre gestão escolar, podemos interpretar e analisar a escola como espaço de acontecimentos e participação nas decisões necessárias para que a democracia aconteça de forma construtiva e interagida entre a comunidade escolar. No caso da escola analisada e dos diálogos traçados com os alunos foi possível compreender que a gestão escolar constitui vários caminhos, podendo ser estes financeiros, administrativos e pedagógicos e que depende do compromisso dos cidadãos na busca de atitudes e estratégias para uma possível gestão escolar democrática.
Ao compreendermos o processo formativo inicial e contínuo do professor entendemos que os referenciais teóricos estudados e as experiências proporcionadas pelo PIBID sobre gestão escolar ampliaram os nossos conhecimentos, contribuindo na elaboração dos estudos dessa referente intervenção e discussão, esclarecendo vários questionamentos da docência. Oferecendo assim, a oportunidade de nos tornamos pesquisadores, para então desenvolver uma reflexão da prática pedagógica no cotidiano do contexto escolar. E uma ação – reflexão – ação desenvolvida no tocante da gestão escolar, lugar entendido como um dos diversos campos de atuação do pedagogo.
Discussões como essas trazem contribuições para atuarmos como futuros profissionais, numa efetiva educação de qualidade nas escolas, que proporcione aos alunos da educação básica uma gestão escolar democrática onde todos os alunos se sintam membro atuante na comunidade escolar.
 
 
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